sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Vida de marionete (música)

A sua vida sempre à frente
de forma simples e eficiente,
seu dia-a-dia flutua leve como o ar.

O futuro sempre em suas mãos
tão ansiosas por inovação,
até desembalar a mesma velha promessa de amar.

Então você se lembra da indiferença do quase afogado,
que tão cansado de remar pra todo lado
estanca e espera enquanto considera,
que talvez tenha errado em escolhar viver tão confinado,
atolado em obrigações vazias,
tantas pedras no sapato,
tanta política pra quê?

Mas será que dava mesmo pra escolher?

Melhor então é não pensar
e seguir a caravana, continuar
com o nariz no infinito e os pés bem fincados no chão.

Pois seu potencial é nossa inspiração,
dentro de um anúncio na televisão você repete compulsoriamente,
- Dessa vez tudo será diferente!!!

Quando então você se lembra da recompensa que, quando criança,
ao apontar para as estrelas com a lanterna sentia,
e mentia ao dizer que tinha medo do escuro,
você tava tão seguro, só não queria que ninguém lhe obrigasse,
que lhe dissessem o que fazer.
Tudo sempre foi tão claro pra você...

Então vem!
Nos resta celebrar
bailando qual marionetes.
Não há lugar melhor
pra se estar bem,
do que este lugar
entre passistas e confete.
Nas fantasias os segredos
que esse mundo não há de aceitar.

Vem!
Nos resta celebrar
bailando qual marionetes.
Não há lugar melhor
pra se estar bem,
do que este lugar
entre mentiras e vedetes.
Nas fantasias os desejos
que esse mundo não satisfaz.

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